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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) recebeu uma intimação do STF, dentro do plenário da Câmara, na tarde desta quarta-feira (21/2). O documento foi entregue por oficial de Justiça um dia após a parlamentar anunciar, em coletiva de imprensa, ter coletado mais de 100 assinaturas para um pedido de impeachment do presidente Lula.
“Será coincidência? Um dia depois. Tá aqui o presentinho do STF”, afirmou Zambelli ao assinar o recebimento da intimação.
O timing da entrega do documento também gerou protestos de outros deputados da oposição. Rodolfo Nogueira (PL-MS) classificou a situação como “absurda”.
“Uma deputada federal intimada dentro da Câmara Federal. É o fim da picada. No momento em que coletava assinaturas do impeachment”, disse Nogueira, dando o tom de perseguição política.
Pedido para que Zambelli preste esclarecimentos foi despachado por Gilmar Mendes em 14/2, antes do pedido de impeachment Vinícius Schmidt/Metrópoles
Gilmar cobrou esclarecimentos em ação penal que apura porte ilegal de arma por Zambelli Vinícius Schmidt/Metrópoles
Pedido de impeachment de Lula chegou a 140 assinaturas, batendo recorde de Bolsonaro na legislatura passada Ricardo Stuckert/Divulgação
O deputado Rodolfo Nogueira, que classificou como “absurda” a intimação de Zambelli no plenário da Câmara Vinicius Loures/ Câmara dos Deputados
Em que pese a reclamação, a coluna apurou que a intimação foi despachada pelo ministro Gilmar Medes em 14 de fevereiro, antes das declarações de Lula sobre Israel que motivaram o pedido de impeachment capitaneado por Zambelli.
Nele, o ministro do STF determina que a deputada preste esclarecimentos no âmbito do processo que decidirá se Zambelli incorreu em porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo, pelo episódio ocorrido em outubro de 2022 em São Paulo.
Gilmar Mendes é o relator da referida ação penal.
No final desta quarta-feira, Zambelli havia coletado 140 assinaturas para o pedido de impeachment de Lula. Ela afirma que o presidente expôs o Brasil ao risco de guerra ao comparar a atuação de Israel na Faixa de Gaza à de Hitler no Holocausto.
Após o discurso, o grupo extremista Hamas manifestou gratidão a Lula.
Apesar dos protestos de autoridades Israelenses, o presidente não recuou da declaração.