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MP contraria Polícia Civil e denuncia por homicídio suspeitos de matar engenheiro de férias no Brasil; entenda o que pode mudar



Ministério Público entende que o roubo dos pertences de Beto Braga não foi premeditado. Já a polícia concluiu que os suspeitos mataram a vítima por causa de celular e dólares. O Ministério Público denunciou os dois suspeitos de matar o engenheiro Beto Braga, em dezembro de 2023 em Ribeirão Preto (SP), por homicídio doloso. O teor da denúncia contraria o entendimento da Polícia Civil, que indiciou os homens por latrocínio – roubo seguido de morte. Marcelo Fernandes Fonseca e Gabriel Sousa Brito são os suspeitos de estrangular o engenheiro durante um encontro em um apartamento no dia 28 de dezembro. Eles estão presos. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp A promotora Ethel Cipele, que assumiu o caso, explicou que o roubo dos pertences da vítima não foi premeditado, por isso o MP entende que não houve latrocínio. “Com as provas juntadas, não se verificou a intenção premeditada de latrocínio. Verificou-se que ocorreu a morte, houve um homicídio, e posteriormente os agentes resolveram subtrair os pertences da vítima”, diz. Gabriel Sousa Brito (à esquerda) e Marcelo Fernandes Fonseca (à direita) são suspeitos da morte do engenheiro Beto Braga em Ribeirão Preto, SP Reprodução/EPTV Agora, de acordo com Cipele, a decisão final sobre a classificação do crime caberá à Justiça, que irá analisar, inclusive, se haverá necessidade de outras investigações. Caso a tese do homicídio seja confirmada, os suspeitos poderão ir a júri popular. “Se fosse um delito de latrocínio, seria analisado pela Vara comum aqui de Ribeirão Preto, mas, ante a existência de um crime doloso contra a vida, a competência se desloca para a Vara do Júri. Agora, o processo será encaminhado ao promotor competente do Júri, que irá analisar os fatos”, afirma. À EPTV, afiliada da TV Globo, o advogado Wagner Severino Simões, que defende o Gabriel, relatou que o parecer do Ministério Público era o que ele esperava que fosse acontecer, porque, segundo ele, não trata-se de latrocínio. Já o Marcelo, até a publicação desta reportagem, seguia sem advogado. Por que a polícia aponta latrocínio? O delegado Targino Osório, responsável pelas investigações, concluiu que Marcelo e Gabriel mataram o engenheiro com a intenção de roubar pertences da vítima. Foram roubados um iPhone 15, avaliado em R$ 8,2 mil, US$ 800 em espécie, um par de tênis e cartões bancários. Desde o início, a Polícia Civil investigou o caso como latrocínio. Marcelo e Gabriel já estão presos temporariamente, mas, no inquérito, a polícia pede a prisão preventiva deles, o que ainda será analisado pela Justiça. Além da dupla, outras três pessoas foram indiciadas: Thiago Soares de Souza, Jonas Manoel Dinardi Alves Teixeira e Cristhian da Silva Martins. Eles respondem em liberdade pela comercialização e receptação do celular da vítima. O aparelho foi entregue desmontado à polícia no último dia 16 de fevereiro. Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, de 34 anos, foi achado morto em Ribeirão Preto, SP Arquivo pessoal Celular entregue desmontado Segundo Targino Osório, os registros do iPhone 15 poderiam ajudar a investigação, mas, como ele foi entregue à polícia desmontado, não houve serventia. De acordo com a investigação, quem estava com o aparelho era Thiago Soares de Souza, que no início de fevereiro se apresentou à polícia e contou que havia recebido o smartphone de Marcelo Fernandes Fonseca, um dos suspeitos presos pelo crime. Para o delegado, a apreensão do celular, mesmo que sem os dados, só reforça a tese de que Beto foi assassinado por causa do aparelho. Celular do engenheiro Beto Brega foi entregue desmontado à Polícia Civil em Ribeirão Preto, SP Lucas Faleiros/CBN Ribeirão Dois presos No início de fevereiro, a Polícia Civil fez a reconstituição do crime e os dois suspeitos presos, Marcelo Fernandes Fonseca e Gabriel Sousa Brito, confessaram ter matado o engenheiro. De acordo com o delegado Targino Osório, durante a reprodução, Gabriel afirmou aos investigadores que aplicou uma gravata em Beto. Já Marcelo disse que amarrou os pés da vítima e que usou uma camiseta para estrangulá-la. As versões contradizem o que eles disseram durante o primeiro depoimento à polícia, quando um responsabilizou o outro pela morte. Suspeitos da morte do engenheiro Beto Braga participam da reconstituição do crime em Ribeirão Preto Murilo Badessa/EPTV Relembre o caso Beto tinha 34 anos e vivia em San Diego, nos Estados Unidos. Em dezembro, ele viajou até Ribeirão Preto para passar as festas de fim de ano com os pais. Na noite de 28 de dezembro, saiu da casa dos pais, no bairro Santa Cruz, zona Sul da cidade, dizendo que ia se encontrar com amigos. No dia seguinte, a irmã dele, que também mora nos EUA, recebeu uma mensagem de um desconhecido dizendo que havia encontrado o celular do engenheiro. Ela avisou a mãe em Ribeirão Preto, que procurou a Polícia Civil para registrar o desaparecimento do filho. Orientada e acompanhada pelos agentes, a mãe marcou um encontro em um shopping para recuperar o telefone, mas a pessoa não apareceu. O corpo de Beto foi encontrado na noite de 30 de dezembro, após um motorista de aplicativo identificado como sendo o profissional que pegou o engenheiro na porta de casa levar a polícia a um apartamento próximo à Avenida do Café. Segundo a polícia, testemunhas disseram que o imóvel era alugado por garotas e garotos de programa. O corpo de Beto foi achado com os pés amarrados e sinais de violência no pescoço e estava em avançado estado de decomposição. As investigações chegaram aos garotos de programa Gabriel Sousa Brito e Marcelo Fernandes Fonseca como autores do roubo do celular e do assassinato. Eles estão presos preventivamente. O laudo do IML apontou que Beto foi morto por estrangulamento. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

Fonte: G1


08/03/2024 – Paraiso FM

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