MENU
![](https://paraisofm.com.br/wp-content/uploads/LOGO-TOPO-PARAISO.png)
Partido de Bolsonaro, o PL acaba de criar uma função curiosa e importante dada a atual conjuntura: fiscal de corredor. Dois funcionários da legenda foram destacados para, a partir desta segunda-feira (19/2), garantir que o ex-presidente e o dirigente Valdemar Costa Neto não se esbarrem nos corredores do edifício Brasil 21, onde fica a sede da sigla, em Brasília.
Isso porque, no PL, há o receio de que Alexandre de Moraes decrete as prisões preventivas de Bolsonaro e Valdemar, chefe do PL, ao menor sinal de que eles tiveram algum tipo de contato, mesmo que visual.
Cada “fiscal de corredor” está alojado em uma das duas salas que o partido mantém no nono andar do Brasil 21. Todo o cuidado é pouco, uma vez que os aposentos de número 903 e 904 ficam um do lado do outro.
Moraes proibiu Bolsonaro de entrar em contato com outros investigados, como Valdemar, desde a operação Tempus Veriatis, deflagrada pela Polícia Federal no último dia 8/2. O referido inquérito apura o planejamento de um golpe de Estado entre a eleição de 2022 e o 8 de Janeiro de 2023.
Sala 903, de onde Valdemar despacha, e 904, onde Bolsonaro dá expediente Paulo Cappelli/ Metrópoles
Bolsonaro e Valdemar avaliam que proibição de contato prejudicará PL nas eleições municipais Reprodução/Instagram
Alexandre de Moraes: inquérito apura tentativa de golpe de Estado Hugo Barreto/Metrópoles
No PL: Valdemar e Bolsonaro durante reunião com Ricardo Nunes, antes da proibição Beto Barata/PL
Valdemar Costa Neto e Bolsonaro Reprodução
Valdemar despacha na sala 903 [à esquerda na foto]. Bolsonaro, na 904. Nesta segunda-feira, ao deixar seu escritório por volta das 18h, o dirigente requisitou os serviços do fiscal de corredor.
No PL, comenta-se que as câmeras do nono andar e dos elevadores do Brasil 21 estão transmitindo imagens em tempo real para o gabinete de Moraes no STF. O tom é de brincadeira. Mas nem tanto.
Como mostrou a coluna, Bolsonaro e Valdemar pretendem continuar despachando da sede do partido, sem que tenham contato. Advogados da sigla argumentam que a proibição, em ano eleitoral, trará grande prejuízo à sigla no pleito municipal.