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São Paulo — A tragédia ocorrida há 50 anos durante o incêndio do Edifício Joelma, na região central de São Paulo, é vista pelos bombeiros como um “marco e uma revolução” na segurança das edificações.
“Se é que existiu uma herança positiva foi justamente pela implementação de novas medidas de segurança”, afirma o porta-voz do Corpo de Bombeiros de São Paulo, capitão André Elias. “Hoje, a gente tem como mote a edificação garantir segurança a seus ocupantes e usuários. E garantir uma saída segura, caso ocorra um sinistro ou incêndio”, afirma.
Na prática, o que os bombeiros dizem é que legislação foi aperfeiçoada ao longo do tempo para evitar, por exemplo, que as pessoas fiquem perdidas em meio ao caos, como aconteceu no Joelma.
“Saímos de um Joelma onde não era exigido quase nada em segurança e passamos a um decreto que determina, mais especificamente, saídas de emergência, extintores e hidratantes para um princípio de incêndio, para que possa ser combatido pelos ocupantes, e formação de brigada”, afirma Elias. “Até sistemas mais complexos, como escadas pressurizadas à prova de fumaça, chuveiros automáticos que, ao detectar o fogo, disparam o agente extintor”, diz o capitão.
Elias explica como as mudanças dentro dos próprios edifícios serviu, inclusive, para tornar mais efetivo o trabalho dos próprios bombeiros no combate aos incêndios. E usa como exemplo as escadas usadas em salvamentos, que nunca serão tão altas quanto o mais alto dos prédios.
“Por vezes, não só os bombeiros, mas o mundo, acabam cobrados sobre uma carência na tecnologia para escadas de salvamento mais altas. Na verdade, o que mudou foi a percepção do que deve ser oferecido para uma pessoa que se encontra no sinistro”, diz. “Não uma escada mais alta para que os bombeiros possam alcancá-la, mas sim a edificação na qual ela se encontra prover uma rota de fuga adequada à saída. Desde o andar onde está até o pavimento considerado seguro”, diz.
Augusto Carlos Cassaniga, capitão reformado da PM de São Paulo William Cardoso/Metrópoles
Augusto Carlos Cassaniga, capitão reformado da PM de São Paulo William Cardoso/Metrópoles
Augusto Carlos Cassaniga, capitão reformado da PM de São Paulo William Cardoso/Metrópoles
Augusto Carlos Cassaniga, capitão dos Bombeiros reformado (primeiro bombeiro a descer do helicóptero para resgatar vítimas do Edifício Joelma em 1974); na foto, o edifício Joelma ao fundo, exatamente 50 anos após a tragédia William Cardoso/Metrópoles
Augusto Carlos Cassaniga, capitão dos Bombeiros reformado (primeiro bombeiro a descer do helicóptero para resgatar vítimas do Edifício Joelma em 1974); na foto, o edifício Joelma ao fundo, exatamente 50 anos após a tragédia William Cardoso/Metrópoles
Edifício Joelma nos dias de hoje: incêndio no local em 1974 deixou 187 mortos; foto feita no dia em que a tragédia completou 50 anos William Cardoso/Metrópoles
Edifício Joelma nos dias de hoje: incêndio no local em 1974 deixou 187 mortos; foto feita no dia em que a tragédia completou 50 anos William Cardoso/Metrópoles
Edifício Joelma nos dias de hoje: incêndio no local em 1974 deixou 187 mortos; foto feita no dia em que a tragédia completou 50 anos William Cardoso/Metrópoles
Edifício Joelma nos dias de hoje: incêndio no local em 1974 deixou 187 mortos; foto feita no dia em que a tragédia completou 50 anos William Cardoso/Metrópoles
Bombeiro Franclin de Jesus Ferreira, que atuou no combate ao incêndio no Edifício Joelma em 1974, em imagem atual dentro do edifício feita 50 anos após a tragédia William Cardoso/Metrópoles
Bombeiro Franclin de Jesus Ferreira, que atuou no combate ao incêndio no Edifício Joelma em 1974, em imagem atual dentro do edifício feita 50 anos após a tragédia William Cardoso/Metrópoles
Celso Luiz Lazzarin, jornalista aposentado e trabalhava em um banco no edifício Joelma no dia do incêndio, em 1974, que deixou 187 mortos; ele é um dos sobreviventes e a foto foi feita com o edifício Joelma ao fundo, exatamente 50 anos após a tragédia William Cardoso/Metrópoles
Celso Luiz Lazzarin, jornalista aposentado e trabalhava em um banco no edifício Joelma no dia do incêndio, em 1974, que deixou 187 mortos; ele é um dos sobreviventes e a foto foi feita com o edifício Joelma ao fundo, exatamente 50 anos após a tragédia William Cardoso/Metrópoles
Oseias Teles Barreto, enfermeiro da Base Aérea de Santos que atuou no incêndio do Edifício Joelma, em 1974; na foto, Oseias com o Joelma ao fundo, 50 anos após a tragédia William Cardoso/Metrópoles
Oseias Teles Barreto, enfermeiro da Base Aérea de Santos que atuou no incêndio do Edifício Joelma, em 1974; na foto, Oseias com o Joelma ao fundo, 50 anos após a tragédia William Cardoso/Metrópoles
Segundo tenente do Comando de Operações Especiais (COE) à época e coronel reformado (a aposentadoria entre militares), Lísias Campos Vieira, 72 anos, afirma que não gosta de falar “no meu tempo, porque foi ontem”. “O tempo é um grãozinho de areia no universo”, afirma.
Mas faz questão de ressaltar que mudanças foram importantes ao longo desses 50 anos, diferente do que aconteceu no período entre os incêndios do Andraus, em 1972, e do Joelma, dois anos depois. “Acho que o pessoal se esqueceu [do que havia ocorrido antes, no Andraus] e foram 188 mortos [no Joelma]”, diz
“O trabalho de prevenção da legislação é para evitar que coisas grandes aconteçam e com grande número de vítimas. E, se ocorrerem por descumprimento ou falha humana, que os efeitos não sejam tão danosos”, afirma.