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O embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, afirmou que a guerra entre Israel e o Hamas ainda durará “muito tempo”. Zonshine deu a declaração à coluna na última quinta-feira (8/2), quando o conflito chegou a quatro meses, com um saldo de pelo menos 25 mil mortos.
Um ataque surpresa do Hamas a Israel no começo de outubro abriu o conflito. Israel acusa o Hamas de terrorismo, em uma posição diferente da Organização das Nações Unidas (ONU). Os palestinos, por outro lado, imputam a Israel crimes de guerra por bloquear bens básicos e causar fome severa à população civil de Gaza.
Israel intensifica as operações militares em Gaza depois que uma trégua sustentada entre o Hamas e Israel não durou mais de uma semana, apesar das negociações diplomáticas e da libertação de prisioneiros Ahmad Hasaballah/Getty Images
Ataque israelense à Faixa de Gaza depois do cessar-fogo Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images
Entre os libertados estão famílias de reféns Reprodução
Um primeiro grupo de reféns recebeu liberdade na sexta (24/11) após acordo Reprodução
A fumaça sobe depois que ataques israelenses aéreos, marítimos e terrestres atingiram áreas residenciais em Rafah, Gaza, em 23 de novembro de 2023 Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images
Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
Uma mulher caminha pelos escombros de prédios em Gaza Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
“A guerra ainda vai durar muito tempo. Israel vai destruir o Hamas? Matar todos? A ideia fica. Destruir uma ideia é difícil. Mudar o objetivo do Hamas também é difícil, porque é muito extremo. A ideologia também é religiosa, difícil de mudar. O objetivo de Israel é evitar a chance de o Hamas seguir em Gaza”, afirmou o embaixador.
Nos últimos dias, o Hamas propôs um cessar-fogo de 135 dias na Faixa de Gaza. Um dos itens previa a troca de reféns. A resposta de Israel foi negativa. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou os termos da negociação de “bizarros”. Na quinta-feira (9/2), o Exército israelense bombardeou alvos em Rafah, cidade no sul de Gaza que abriga a maior parte da população do território palestino.
Zonshine afirmou que a sociedade israelense está dividida quanto à troca de reféns com o Hamas. Enquanto uma parte é contra libertar líderes do Hamas que foram presos durante o ataque surpresa, outra defende que resgatar os reféns israelenses é uma obrigação de Israel.
“As pessoas que estão nas prisões israelenses não são todas pessoas positivas. Foram presas por razão do que fizeram. Uma parte da sociedade diz que elas vão voltar para o terrorismo e nos fazer pagar um preço mais alto ainda no futuro. O Hamas está pronto para lutar até o último palestino”, disse o diplomata.