MENU
![](https://paraisofm.com.br/wp-content/uploads/LOGO-TOPO-PARAISO.png)
São Paulo – O governo de São Paulo anunciou, nesta terça-feira (6/2), a criação de um Centro de Operações de Emergência (COE) para monitorar os casos de arboviroses, como a dengue, no estado.
O decreto que cria a medida foi assinado no Palácio dos Bandeirantes pelo governador em exercício, Felicio Ramuth (PSD), que também divulgou a liberação de R$ 200 milhões para os municípios utilizarem no enfrentamento à dengue.
São Paulo tem mais de 29 mil casos confirmados da doença no momento, de acordo com os dados da Secretaria Estadual da Saúde. Até o dia 3 de fevereiro, foram registrados 4 óbitos — atualmente, o número está atualizado em sete mortes. Um óbito na capital está sob investigação.
“O que a gente percebe é uma antecipação das ocorrências da doença. Por isso o número 60% maior de notificações confirmadas neste período deste ano se comparado com o ano anterior”, disse Ramuth.
Segundo a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), o Centro de Operações reunirá oito secretarias e será responsável por dar assistência às prefeituras, auxiliando em temas como o diagnóstico e a testagem de casos.
O governo também criou um painel onde será possível acompanhar o avanço da doença no estado, com atualizações periódicas sobre os números registrados em cada cidade. As informações ficarão disponíveis no site dengue.saude.sp.gov.br.
Para conter o avanço do mosquito Aedes aegypti, 5 mil agentes da Defesa Civil passarão a atuar em parceria com os municípios em ações de nebulização de inseticida.
Durante o anúncio das medidas, o secretário estadual de Saúde, Eleuses Paiva, disse que São Paulo vive uma guerra contra a dengue no momento. “É o maior problema de saúde pública que nós temos hoje no estado”, disse Paiva.
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente a morte Joao Paulo Burini/Getty Images
O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias Joao Paulo Burini/ Getty Images
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos Joao Paulo Burini/ Getty Images
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles. Ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes Bloomberg Creative Photos/ Getty Images
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos Guido Mieth/ Getty Images
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte Peter Bannan/ Getty Images
Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue Piotr Marcinski / EyeEm/ Getty Images
Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão Image Source/ Getty Images
Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada Getty Images
Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas Guido Mieth/ Getty Images
Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas Getty Images
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.