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Mesmo apontado por amigos e familiares como suspeito pela morte da servidora pública Cinthia Maria Santos Domingues de Oliveira, Éder Ubaldo de Lima Gonçalves, 42 anos, começou a receber pensão vitalícia pelo falecimento dela. O valor gira em torno de R$ 14,5 mil por mês.
De acordo com o Portal da Transparência do GDF, em dezembro de 2023, Éder havia recebido mais de R$ 41 mil de forma retroativa. Cinthia era gestora em Políticas Públicas e Gestão Governamental na Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF).
Ela foi encontrada sem vida no quarto do apartamento em que morava com o companheiro, no Guará II, na manhã de 18 de setembro de 2023.
Socorristas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda tentaram reanimá-la, mas não obtiveram sucesso. A coluna Na Mira apurou que o corpo da vítima foi mexido antes da chegada de policiais civis da 4ª Delegacia de Polícia (Guará), unidade que investiga o caso.
Eder teria dito que a esposa cometeu suicídio em decorrência da ingestão de altas doses de medicamentos, mas parentes e amigos de Cinthia duvidam dessa versão. Em momentos de desespero, a gestora narrava uma rotina de medo e violência promovida pelo companheiro.
Em mensagens, servidora desabafou sobre companheiro: “Bebe e me ataca”
PCDF apura morte de servidora pública no DF Reprodução
A servidora, segundo amigos próximos, sofria agressões físicas do companheiro Reprodução
Cinthia teria pedido para dormir sozinha na noite que antecedeu sua morte Reprodução
O caso é apurado pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará) Reprodução
A servidora, segundo colegas de trabalho, constantemente chegava ao serviço apresentando hematomas Reprodução
Cinthia tentava se separar do marido e estava animada com a nova vida Reprodução
O Metrópoles apurou que, momentos após a morte da servidora, uma amiga teria procurado o então companheiro de Cinthia e perguntado, por uma rede social, o que tinha acontecido com Cinthia. Éder teria respondido: “Matei ela”.
Após enviar a mensagem, Éder teria apagado. Porém, a amiga de Cinthia tirou print da conversa e mostrou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). As informações estariam anexadas ao processo do caso de Cinthia, que segue em sigilo.
Apesar das suspeitas dos amigos e familiares de Cinthia, Éder não chegou a ser preso. O inquérito ainda não foi finalizado pela PCDF, que aguarda o resultado de alguns laudos.
Procurada, a defesa de Éder se manifestou por meio de nota. Lea na íntegra:
“A defesa se manifesta no sentido de confirmar o recebimento dos valores a título de pensão pela morte de sua esposa, eis que lhe foi de direito como viúvo, isto porque, conforme ficou claramente comprovado nos autos, Éder não concorreu indiretamente e muito menos diretamente para a causa morte da sua esposa que, inclusive, laudo cadavérico definitivo já foi juntado no processo e dado como morte natural. Então, devido às contas altíssimas contraídas em comum pelo casal desde 2014, o viúvo faz jus sim ao recebimento dessa indenização reconhecida legalmente e dada em âmbito administrativo“.