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Casamento na mira do MPU: veja preço da diária em pousada paradisíaca


A Pousada Barrabella, que entrou na mira do Ministério Público Federal (MPF) por suposta invasão de área pública, cobra R$ 800 pela diária em baixa temporada. Porém, reservas feitas para a alta temporada podem chegar a ter uma diária de R$ 1 mil.

O estabelecimento, localizado na península de Maraú, no sul da Bahia, foi escolhido por um casal brasiliense para reunir convidados selecionados e realizar o matrimônio neste sábado (3/2).

A pousada iniciou uma obra de expansão pela praia, descumprindo a constituição do Estado da Bahia. Por lei, é garantido à população o livre acesso às praias – e, portanto, não pode haver qualquer construção particular em faixa de, no mínimo, 60 metros do mar. O estabelecimento já passou do limite permitido e deixou apenas 31 metros da barra.

O Metrópoles revelou que a pousada é da família da noiva e que os parentes e proprietários têm entrado em confronto com a população da vila de pescadores e marisqueiros para tomar para si parte da praia – que pertence à população.

O alerta do MPF, de terça-feira (30/1), recomenda ao governo municipal a suspensão do alvará em três dias úteis. No caso de a obra ter sido concluída, a orientação é interditar a área. A determinação recomenda ainda que a pousada não utilize o local, mesmo que já concluído. No entanto, a reportagem recebeu vídeos de moradores mostrando funcionários trabalhando na obra para dar tempo de realizar a cerimônia de casamento.

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Invasão de área pública

Por meio do Google Earth, é possível visualizar a área da pousada crescendo com o tempo. A nova área corresponde a uma extensão de 338 metros quadrados da pousada, que já tem um terreno de 4.995,15 metros quadrados, conforme consta em alvará liberado pela Prefeitura de Maraú.

Metrópoles entrou em contato com a Pousada Barra Bella questionando a construção identificada como irregular pelo MPF, mas até a última atualização desta reportagem, nenhuma resposta havia sido emitida. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

Indignação

A construção revoltou moradores da península e o Coletivo de Defesa do Meio Ambiente e outros direitos organizou protestos contrários à obra.

O Coletivo Península Maraú marcou uma manifestação para este sábado (3/2) às 16h, dia em que está marcada a inauguração do restaurante da pousada e o casamento dos brasilienses.

“Construído arbitrariamente sob faixa de área da praia, que por lei federal e pela Constituição do Estado da Bahia é área do povo, pública, para uso de todos. Mas a área está cercada, privatizada”, escreveu o coletivo nas redes sociais.

 



Fonte: Metrópoles


02/02/2024 – Paraiso FM

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